Noticia
divulgada no Diário.Com de Maringá no Paraná informa que o TCE-PR tem
como objetivo fazer com que o índice de desaprovação das contas públicas
caia para algo entre 1% e 2%, até o final de 2014. Esta a meta da atual
gestão do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). O anúncio
foi feito pelo presidente da Corte, conselheiro Artagão de Mattos Leão,
durante a abertura do seminário Parâmetros para uma Boa Gestão Pública. Atualmente, as desaprovações totalizam 14% das contas encaminhadas ao órgão para julgamento. Em 2000, o índice era de 50%.
Eis
uma percepção correta dos efeitos que a Nova Contabilidade Pública
trará para os julgamentos não só do TCE-PR mas também de todos os
Tribunais de Contas, inclusive o TCU vez que com uma contabilização
integral de todos os ATIVOS e todos os PASSIVOS será possível aos
Tribunais de Contas ampliar sua visão sobre a gestão em relação à
continuidade e viabilidade do financiamento dos serviços bem como
estabelecer planos sobre futuras necessidades de financiamento para a
manutenção de ativos e sua substituição ou, ainda, gerenciar posição de
caixa e as necessidades de financiamento do Tesouro.
Desta forma estarão cumprindo o que determina o § 1º do art. 1o da Lei de Responsabilidade Fiscal quando estabelece que
§ 1o
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e
transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de
afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas
de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e
condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com
pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e
mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita,
concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
Não
temos dúvida que o registro de todos os ativos auxiliará os Tribunais
de Contas para conhecerem de que modo os administradores:
– Atuaram para melhorar, manter ou substituir ativos
– Identificaram ou eliminaram ativos excedentes
– Preveniram perdas devido a roubo ou danos
– Conheceram o impacto do uso de ativos fixos na prestação de serviços públicos.
– Consideraram formas alternativas de gerenciamento de custos e os serviços de entrega (remédio em casa, por exemplo)
No
que se refere à identificação de todos os PASSIVOS (resultantes ou
independentes da execução orçamentária) será possível verificar:
– Os critérios de reconhecimento dos passivos e estabelecer planos para a sua liquidação;
– o impacto dos passivos sobre recursos futuros.
– as responsabilidades pelo gerenciamento de passivos
– a capacidade de fornecer os serviços atuais e a implementação de novos serviços
Não
temos dúvida de que muitas das verdades absolutas de hoje que levam à
reprovação de contas, passarão por grandes mudanças. Por isso é preciso
que as Escolas de Contas iniciem amplo debate para retirarem os
profissionais do controle interno e externo da zona de conforto do
simplório enfoque orçamentário.
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